quinta-feira, 12 de março de 2009

Brasil Paleoíndio

Brasil Paleoíndio



por Regina Oliveira Rodrigues





“Toda a história não escrita da humanidade se encontra

Inserida nas folhas sobrepostas, umas às outras, do

livro da terra, e a técnica das escavações tem como primeiro

objetivo o assegurar uma leitura correta das mesmas”.

(GOURHAN, 1961).






















Um exemplo das pinturas que podem ser encontradas no parque nacional da Serra da Capivara - PI, é esta representado provavelmente uma cena de parto.





O que é arqueologia?



A maioria das pessoas tem uma idéia do que seja arqueologia, e se imagina viajando para regiões distantes e remotas, vivendo aventuras incríveis.Esta é uma idéia romântica de arqueologia.

A reconstrução da pré-história brasileira resulta dos inúmeros vestígios que indicam a presença humana no espaço que ora ocupamos.Investiga-se a história que não foi escrita por meio desses registros, os objetos manufaturados pelo homem, os quais foram preservados e que hoje são chamados artefatos.

Os vestígios podem ser diretos, ou seja, testemunho materiais presentes nos níveis arqueológicos (cacos de cerâmica, ossos, líticos, registros rupestres, etc.) ou indiretos, sinais de objetos já ausentes no sítio arqueológico (mudança de colorações do solo, vestígios de postes, etc.).








A arqueologia Brasileira



O Parque Nacional da Serra da Capivara foi criado em 1975 e está localizado no sudeste do Estado do Piauí, ocupando áreas dos municípios de São Raimundo Nonato, João Costa, Brejo do Piauí e Coronel José Dias. Tem 129.140 hectares e seu perímetro é de 214 quilômetros.

Foi criado para proteger uma área na qual se encontra o mais importante patrimônio pré-histórico do Brasil. Trata-se de um parque arqueológico com uma riqueza de vestígios que se conservaram durante milênios, devido à existência de um equilíbrio ecológico, hoje extremamente alterado. O patrimônio cultural e os ecossistemas locais estão, portanto, intimamente ligados, pois a conservação do primeiro depende do equilíbrio desses ecossistemas. O equilíbrio entre os recursos naturais é o condicionante na conservação dos recursos culturais e foi o que orientou o zoneamento, a gestão e o uso do Parque pelo poder público.

É um local com vários atrativos, monumental museu a céu aberto, entre belíssimas formações rochosas, onde encontram sítios arqueológicos e paleontológicos espetaculares, que testemunham a presença de homens e animais pré-históricos. Foi tombado em 1991 pela Unesco, sendo que dos 400 sítios arqueológicos do parque, pelo menos dez já foram encontrados vestígios de presença humana que podem alcançar mais de 40.000 anos.

Possui vários sítios arqueológicos e o Museu do Homem Americano. Ao longo de 14 trilhas e 64 sítios arqueológicos abertos à visitação, encontramos tesouros, como os pedaços de cerâmicas mais antigos das Américas, de 8.960 anos. No circuito dos Veadinhos Azuis, podemos encontrar quatro sítios com pinturas azuis, as primeiras desta cor descobertas no mundo.

As pinturas rupestres são as manifestações mais abundante, conspícua e espetacular deixada pelas populações pré-históricas que viveram na área do Parque Nacional, desde épocas muito recuadas. Os três sítios que apresentaram as mais antigas datações obtidas na área do Parque Nacional são abrigos-sob-rocha. Os homens utilizaram a parte protegida desses abrigos como casa, acampamento, local de enterramentos e suporte para a representação gráfica da sua tradição oral.

No Parque Nacional da Serra da Capivara, onde estão os achados arqueológicos do homem mais antigo das Américas, foram localizadas na região urnas funerárias, fósseis humanos, de mastodontes, lhamas, tigres dentes-de-sabre e preguiça-tatus gigantes. Suas pinturas rupestres, que representam rituais sexuais e de caça dos animais, foram declaradas patrimônio da humanidade pela Unesco. Além da importância histórica e cultural, a Serra da Capivara possui paisagens belíssimas.

O maior atrativo do Parque é a densidade e diversidade de sítios arqueológicos portadores de pinturas e gravuras rupestres pré-históricas. Durante milênios as paredes dos sítios foram pintadas e gravadas por grupos humanos com diferentes características culturais que se refletem nas escolhas gráficas que aparecem nos sítios. O visitante pode hoje observar um produto gráfico final que foi realizado gradativamente e que pela sua narratividade evoca fatos da vida cotidiana e cerimonial da vida em épocas pré-históricas. A esse interesse antropológico se soma uma rara beleza e qualidade artística das obras que apesar de traços similares às pinturas pré-históricas das cavernas da França e da Espanha, abrigos sob rocha da Austrália, apresentam um perfil típico, único na região do Nordeste do Brasil.

Cerâmica incisa pontiado, panela cuidadosamente escavada com pedra muito dura, estatueta da cultura de Santarém/PA, machado em forma de meia lua.

















Homem de Lagoa Santa foi o nome dado ao crânio descoberto por Peter Lund na gruta do Sumidouro , na cidade de Lagoa Santa em Minas Gerais.

Considerado homem antigo da região de Lagoa Santa estimasse que viveu pelo menos 12 mil anos. Seus primeiros vestígios foram encontrados em 1840, por Peter Lund, na Gruta da Lapinha no Sumidouro.


Crânio e mandíbula de um 'homem de Lagoa Santa'







Representação de raízes de mandioca - Minas Gerais









SAMBAQUIS é o nome que foi dado à sítios pré-históricos formados pela acumulação de conchas e moluscos, ossos humanos e de animais, que foram descobertos em várias regiões do Brasil, mas principalmente no Sul.

Os sambaquis nos provam a existência de comunidades de caçadores e coletores, os quais, consumiam os moluscos, para depois amontoar suas cascas para morar sobre elas, já que constituíam um lugar alto e seco.No interior dos sambaquis foram encontrados vestígios de fogueiras, instrumentos cortantes, amoladores, restos de mamíferos, além de ossos de peixes, répteis e baleias Sabe-se, portanto, que este povo, que viveu há mais de 1.500 anos atrás, já produzia machados de pedra polida, ornamentos de conchas, instrumentos feitos de ossos de animais e zoólitos ou pequenas peças esculpidas em pedra representando animais.Foram ainda encontradas ossadas humanas, depositadas com seus pertences, o que nos leva a acreditar que os sambaquis também eram usados como Monumentos Funerários

Ocupação após ocupação, passou-se milênios, o que fez com que os amontoados de moluscos alcançassem alturas fantásticas. O Estado de Santa Catarina possui o maior sambaquis do mundo, espalhados pelo seu litoral, de norte a sul. Esses sambaquis chegaram a ter centenas de metros de extensão por 25 metros de altura e idade aproximada de 5.000 anos.

O povo dos sambaquis ignoravam a olaria, a agricultura, a domesticação normal de qualquer espécie, mesmo o cão, que os índios atuais conhecem. Vivia principalmente da pesca e da apanha, e muito pouco da caça. Não possuindo instrumentos mais potentes de arremesso, talvez nem mesmo o arco e a flecha, a caça de animais grandes, como o tapir, a onça, certamente por meio de armadilha. A presença da baleia explica-se pela freqüência com que este cetáceo encalhava nas nossas praias, fato muitíssimo registrado ainda nos séculos XVI e XVII.

Como o alimento era muito abundante no litoral, esse povo não precisava ficar se deslocando como os do interior. Só deveriam ter o cuidado de escolherem lugares elevados, próximos da praia, onde tivessem também alguma fonte de água doce e daí estabeleciam-se por anos, ou até séculos.

COMO ERAM ELES?


Entre as características físicas mais marcantes deste povo está nas diferentes alturas dos esqueletos de homens, com uma média de 1,60m, e de mulheres, com 1,50m, ambos vivendo 30 a 35 anos em média.

O tórax e membros superiores bem desenvolvidos levam a crer que os indivíduos eram bons nadadores e provavelmente remadores de canoas. Tal suposição é apoiada também pela presença de restos de peixes de espécies como a garoupa e miragaia, típicas de regiões mais profundas e com pedras que, para serem capturadas, exigiria que o pescador se deslocasse da beira da praia.



Outra característica importante é o desgaste de algumas regiões da arcada dentária, que aponta o costume deste povo consumir alimentos duros e abrasivos. Apesar do número de sambaquis existentes no Brasil não ser consenso entre os arqueólogos, é possível que possam passar de mil, com idades que variam de 1,5 mil a 8 mil anos, sendo que a maioria tem cerca de 4 mil anos. As datações são feitas através do método do carbono 14 em carvões fossilizados em várias alturas de um sambaqui.

No Brasil, o estudo científico dos sambaquis é relativamente recente e mesmo em toda a América do Sul poucas são as análises, que foram seriamente estudadas. Além disso, muitos sítios arqueológicos já foram danificados. Muitos sambaquis foram destruídos pela exploração inconseqüente das pessoas.

A cultura sambaqui desapareceu misteriosamente há quase 1.000 anos. Acredita-se que foram exterminados pelos tupis ou aculturado por eles.

Os sambaquis constituem o alicerce básico para entendermos a cultura de um longínquo período da evolução do homem, por isso é tão importante a sua preservação.








Santa Catarina

quarta-feira, 11 de março de 2009

Civilização Asteca

por Mayara Rosa





A CIVILIZAÇÃO ASTECA



A contagiante história de um povo que alcançou grandes conquistas ao longo do seu Império, mas que foi surpreendido pelos espanhóis após os acolher em seu território.



As Origens

Os astecas dominaram a maior parte do México até serem surpreendidos pelos espanhóis em 1519.
Este povo guerreiro habitou a atual região do México entre os séculos XIV e XVI. Fundaram a cidade de Tenochtitlán (atual cidade do México), numa região de pântanos próximo ao lago Texcoco.
A língua e a religião deste povo foram impostas desde o Atlântico até o Mediterrâneo.
Em sua capital, Tenochtitlán, a arquitetura e a escultura alcançaram uma extraordinária fase.
De inicio, os astecas tiveram dificuldades com povos vizinhos, foram considerados intrusos e semi-bárbaros até alcançarem o auge de sua Civilização.
Os primeiros grupos astecas utilizaram armas de pedra lascada para a caça e com seus conhecimentos, ainda desenvolveram técnicas como as do Nilo em sua agricultura. No cultivo eles valorizaram o milho, vagens, abóbora, pimenta, etc.
Diversos grupos resultaram no Império Asteca, dentre eles, os Olmecas contribuíram para a escrita hieroglífica, as civilizações clássicas dominaram as pirâmides e construções de templos sagrados, e ainda, muitos outros povos nômades participaram do desenvolvimento da história Asteca.
Como na história de outros povos, os astecas também tiveram disputas em suas dinastias, como por exemplo, para eleger um rei e igualar sua organização à dos povos vizinhos.
Em 1375, para religar sua dinastia, os astecas entronizaram Acamapichtli, mas foi seu sucessor, Uitziliuitl que por meio de alianças matrimoniais importou algodão. E pôde expandir o comércio.
Depois de um período de disputas, o quarto soberano asteca aliou-se ao rei poeta Nezaualcoyolt e com a tríplice aliança, tornaram suas civilizações no grande Império Asteca.


















Mapa Atual : México


O Império Asteca em 1519

Os soberanos tinham uma preocupação: estender a hegemonia da tríplice aliança à novos territórios e, somente em 1472 esse objetivo foi alcançado com a morte de Zezaualcoyolt, um dos principais obstáculos para essa conquista, assim a hegemonia se foi.
A partir de então ocorreram muitas disputas, dentre elas, rebeliões para não pagar impostos, renúncias políticas, lutas militares, outras também relacionadas às conquistas de reinados.
A Civilização Asteca foi tão populosa que, temos por meio de documentos indígenas, registros de 38 províncias em 1519.
Dependendo da mercadoria que forneciam tanto no comércio ou agricultura, era obrigatório pagar tributos de uma a quatro vezes por ano.

Os produtos arrecadados eram armazenados no palácio Imperial, quem controlava a contabilidade deste local eram os escribas. A administração asteca era exata e soberana. Se houvesse desvios de mercadorias e ouro, o indivíduo era punido à morte e seus bens eram confiscados.
O tributo não era dirigido apenas às necessidades do povo, pagamentos de funcionários ou artesãos, ao abastecimento do santuário ou do exército, mas também para suprir o soberano.
Até a região ocupada pelos astecas ser ocupada pelos espanhóis, havia um grande comércio, pequenos estados com diversos tipos de língua e etnias, porém estes eram avassalados pelo poderio militar.

A Sociedade e o Governo

No vale do México, a tribo asteca apresentava-se como sociedade homogênea, igualitária e guerreira. Para os astecas, os imperadores foram as autoridades de maior importância e tinham os cargos mais destacados. Os sacerdotes eram considerados pela população as principais autoridades. Os cidadãos (maceualtin) deviam pagar impostos, prestar serviços coletivos e adentrar ao serviço militar. Em compensação, ao atingir a maioridade (20 a 25 anos) poderiam casar-se e receber um terreno para moradia e cultivo. Seus filhos tinham o direito da educação, e em períodos de escassez, recebiam mantimentos. Para o serviço sacerdotal, ambos os sexos podiam participar. Com estas abordagens esperava-se que todos tivessem uma melhor posição na sociedade.
Os escravos também fizeram parte desta sociedade, eles eram prisioneiros de guerra ou pessoas endividadas sem a possibilidade de quitar suas dívidas. Eles poderiam ser libertos com alforrias ou com o pagamento de suas pendências. Suas mulheres e filhos não eram necessariamente escravos.
A sociedade era composta também por artesãos, negociantes e dignitários (senhores com altas funções civis ou militares).
O poder militar, político e econômico do conjunto Imperial estava concentrado nas mãos do soberano asteca, dos dignitários e do grande conselho.




A Vida Cotidiana

Os astecas desenvolveram suas habilidades para alcançarem boas condições no modo de vida.
Da caça até a pesca, evoluíram-se com muitos meios de produção e comércio, como por exemplo, a construção de aquedutos para abastecer a população com água.
A higiene da cidade era responsabilidade de equipes de trabalhadores, estes também cuidavam da manutenção dos canais.

As construções e a organização das cidades eram notáveis.
No que se refere à alimentação, havia três refeições ao dia e comiam-se muitos derivados do milho e outros produtos colhidos. Como bebida, os dignitários tomavam no término das refeições o cacau, esta bebida era muito cara na época e causava efeitos alucinógenos (esse fato levava muitos a pensarem ter tido visões, o que na verdade era somente uma "embriaguez").
As vestimentas restringia-se à tangas para homens, corpete e saias para mulheres e para os militares túnicas de algodão ajustadas e costuradas. As cores das roupas eram divididas pelas funções exercidas por seus usuários, como por exemplo, o Imperador que utilizava um manto turquesa. Além de colares e sandálias como utensílios, havia também a perfuração do septo nasal e do lábio inferior com metais ou jóias.
Os astecas gostavam muito de jogos, seja de uma simples caça a pássaros ou jogos de azar, como, por exemplo, um jogo esotérico onde duas equipes disputavam com uma bola quem atravessaria um dos dois anéis pendurados na parede, muitos apostavam e até se tornavam escravos devido ao jogo.


Os Conhecimentos

Os astecas tinham técnicas que pressupõe seu amplo conhecimento, como na agricultura, na tecelagem, no desenvolvimento da cerâmica, na arquitetura (pirâmides), na metalurgia do cobre e do ouro, da prata e do bronze.

O conhecimento deste povo era notável.
Contemplavam o céu e estudavam o movimento dos astros.
Dominavam também a aritmética, possuíam hieróglifos, cronologia e a escrita, onde havia o compromisso entre a ideografia e a notação fonética.
Entendiam também sobre a fauna e a flora de seu país e utilizavam plantas como remédios e técnicas místicas.
Este povo tinha um calendário solar, o mais valorizado e também, o calendário divinatório.



O Calendário Solar

No Calendário Solar se encontram representadas a cosmogonia e a cronologia dos antigos mexicanos.Ao centro destaca-se o Sol (Deus Tonatiuh) sedento de sangue com o signo nauiollin, símbolo do nosso universo. Os quatro braços da Cruz de Santo André, correspondentes ao signo Ollin, contêm os símbolos dos quatro antigos Sóis. Em torno destes hieróglifos, círculos concêntricos mostram os signos dos dias (vide abaixo), os anos, representados pelo glifo xiuitl composto de 5 pontos, sendo 4 em cruz e mais outro no meio e, enfim, duas "serpentes de turquesa", isto é, os dois períodos de 52 anos que correspondem aos 65 anos do planeta Vênus, os dois constituindo o ciclo de 104 anos denominado ueuetiliztli ("velhice").
Os astecas tinham conhecimentos precisos sobre a duração do ano, a determinação dos solstícios, as fases e eclipses da Lua, a revolução do planeta Vênus e diversas constelações, como as Plêiades e a Grande Ursa.
Eles atribuíam uma atenção especial à mensuração do tempo, numa aritmética que tinha como base o número 20.
Ao fim de cada período de 52 anos, acendia-se o "Fogo Novo" no cimo da montanha de Uixachtecatl. Isto era denominado "liga dos anos". Era comemorado como um verdadeiro "Reveillon" místico com sacrifícios, danças, renovação de utensílio domésticos, etc.
O Calendário Asteca possuía 18 meses com 20 dias, estes últimos a saber:


-Coatl...............Cobra

-Cuetzpallin.........Leopardo

-Calli...............Casa

-Ehecatl.............Vento

-Cipactli............Crocodilo

-Xochitl.............Flor

-Quiahuitl...........Chuva

-Tecpatl.............Pedra

-Ollin...............Tempo

-Cozcacuauhtli.......Abutre

-Cuauhtle............Águia

-Ocelotl.............Jaguar

-Acatl...............Bastão

-Malinalli...........Erva

-Ozomatli............Macaco

-Itzquintli..........Cão Careca

-Atl.................Água

-Tochtli.............Coelho

-Mazatl..............Cervo

-Miquiztli...........Caveira



A família

Os mexicanos (assim chamados por habitarem uma região do México), já estavam destinados desde seu nascimento.
Sua data de nascimento diria qual signo regeria a vida do indivíduo, quando criança é colocado à educação de seus pais e depois, dirigido à escolas públicas. A partir dos 21 anos quando poderia casar-se, o homem tinha o direito de ter mais que uma esposa, sendo que somente o filho da primeira o sucederia.
O divórcio era permitido e, também o direito de um segundo casamento.
Caso uma mulher grávida morresse, esta logo deveria ser enterrada antes que os guerreiros disputassem com sua família por partes de seu corpo que, para eles numa guerra servia como amuletos de sorte.
Quando um cidadão falecia, raramente era enterrado, pois havia o costume de incineração.
O local de vida após a morte dependia de como o asteca faleceu.

A Religião

A religião asteca era muito rica.
Diversas divindades eram cultuadas e, cada deus estava ligado a um fator que beneficiava seu adorador, como por exemplo, Quetzalcoatl com o poder de ressurreição, Tlazolteotl a deusa do amor, Tlaloc o deus da chuva e do trovão, entre e outros.


Mayahuel é a deusa da fertilidade exuberante e da opulência relacionada com a plenitude vital que ressalta e amplifica a vida, tanto humana como a agrícola, considerada a Deusa da Planta do Maguey, este arquétipo de mãe tinha quatrocentos seios, o que simbolizava o seu poder nutritivo. Foi transformada em Maguey por causa de sua fertilidade, do poder que tinha de reproduzir e aumentar a vida.
Sua principal imagem ou elemento iconográfico é a planta Maguey em plena inflorescência. Na maioria de suas imagens a deusa está dentro da planta ou ao lado dela. (figura)


Deuses de outras culturas longínquas eram também adotados pelos astecas, sendo que os deuses tinham laços familiares entre si.
Acreditavam que a formação do universo e da humanidade originara-se de diversos conflitos que os deuses enfrentaram para demonstrar poder ou por intrigas.
Os antigos mexicanos acreditavam que o mundo fosse uma espécie de cruz-de-malta. Ao Norte, o "país das trevas" (morada subterrânea dos mortos) reinava Mictlantecuhtli (o Plutão dos Astecas). Ao Leste, o paraíso da abundância tropical reinava Tlaloc. Ao Sul, o "país das espigas" e da seca. A Oeste, o "Jardim Tamoanchan" e as divindades femininas.
No Centro, enfim, morava o deus do fogo. Os anos eram repartidos entre os 4 pontos cardeais: acatl(leste), tecpatl(norte), calli(oeste) e tochli(sul).

Eram oferecidos sacrifícios aos deuses, sendo que algumas pessoas mesmo sabendo de como eram rígidos, se ofereciam como oferenda. Uma vez ao ano moças e rapazes perfeitos para serem oferecidos, respectivamente, à deusas mulheres e ao deus Tezcatlipoca.
Cada mês regia um ritual, os rituais deveriam ser realizados com obediência aos mínimos detalhes e, aquele que não o realizasse de forma correta era severamente punido.
Cada monastério da cidade destacava um pensamento teológico. Nezaualcoyotl ordenou a construção de um templo onde deveria ter um deus sem face, “aquele a quem devemos graças por viver”.


A Vida Artística

As artes astecas foram esplendidas, assim que se vê uma podemos dizer sua autoria.
A arquitetura demonstra o grande grau de cultura deste povo. As esculturas resgatavam máscaras em representações perfeitas. Conforme os registros históricos, os monumentos foram destruídos em 1521 quando a cidade foi sitiada.
Representações de animais, deuses, etc, foram corretamente manuseados em estátuas, pinturas e em mosaicos.
Na literatura, havia poemas épicos, míticos e históricos. Na lírica tratava-se da beleza da vida, do mundo, das flores e da inevitável morte. Os poemas religiosos eram arcaicos e carregados de metáforas, estes textos eram escritos em manuscritos para reforçar a memória e, hoje, nosso conhecimento sobre esta civilização.
Frequentemente eram praticadas danças públicas e privadas. Normalmente eram realizadas após o pôr-do-sol, no interior das casas e, em residências ricas. As danças personificavam alguns personagens históricos ou míticos, havendo também o uso de fantasias.


A Queda do Império Asteca

Com as expedições espanholas, Cristóvão Colombo em 1492 estava certo de ter encontrado a Ásia rica em ouro.
Algumas expedições passaram despercebidas pela Civilização Asteca e seguiram para outros lugares da América.
Cada vez mais os espanhóis chegavam perto dos mexicanos, até que em 1517, uma expedição sob o comando de Francisco Hernandez de Córdoba conheceu os Maias.
A partir daí, outros navios vieram ao esperado contato com uma civilização cheia de benefícios a serem dominados: a Civilização Asteca.
Quando Hernán Cortez com onze embarcações chegou ao México, encontrou uma nativa e teve um filho com ela, o primeiro mestiço a desempenhar um papel importante na história do México.
Com a ajuda de sua mulher, Cortez pôde conhecer os costumes dos astecas, analisando cada detalhe para encontrar uma forma de derrotá-los. Até que um dia, Cortez conheceu povos inimigos submetidos ao México, estes se aliaram aos espanhóis e assim uma guerra estava para começar.
Com soldados em cavalos, mais preparados e melhor armados, os espanhóis saquearam os astecas sem a menor piedade e, como os mexicanos não guerreavam para destruir, mas para fazer prisioneiros, não tiveram chance contra os guerreiros espanhóis, pois contavam só com escudos, lanças e poucos conhecimentos de guerra comparado aos que o inimigo dispunha.
Após guerras, epidemias e doenças trazidas de outros territórios, o exército de Cortez exterminou o grande, porém frágil Império que havia dominado aquele território por noventa e três anos, desde as mãos de Itzcoatl até a rendição de Cuauhtemotzin diante a derrota.




Linha do Tempo Asteca :


Os Astecas (1325 até 1521) foram uma civilização mesoamericana, pré-colombiana, que floresceu principalmente entre os séculos XIV e XVI, no território correspondente ao atual México.
Seus principais acontecimentos foram:

• Século XIII - Migraram para o vale do México (ou Anahuác) e assentaram-se, inicialmente, na maior ilha do lago de Texcoco;

• Século XV – Os Astecas formaram uma aliança com duas outras cidades,Texcoco e Tlacopán contra Atzcapotzalco, derrotaram-no e continuaram a conquistar outras cidades do vale do México. Controlavam todo o centro do México como um Império Asteca, cuja base econômico-política era o modo de produção tributário;


• Século XVI - seus domínios se estendiam de costa a costa, tendo ao norte os desertos e ao sul o território maia.

• Século XVI - Sua civilização teve um fim abrupto com a chegada dos espanhóis (1521).

terça-feira, 10 de março de 2009

Egito Antigo




Egito Antigo

por Laiz Gabrieli Lapim da Costa e
Rafaela Donario


O território no qual se desenvolveu a civilização do Antigo Egito corresponde, em termos tradicionais, à região situada entre a primeira catarata do rio Nilo, em Assuão, e o Delta do Nilo. O Sinai, situado a leste do Delta do Nilo, funcionou como via de acesso ao corredor sírio-palestino, designação atribuída à faixa de terra que ligava o Egito à Mesopotâmia. Á oeste do Delta surge o deserto da Líbia (ou deserto ocidental), onde se encontram vários oásis dos quais se destacam o de Siuá, Kharga, Farafra, Dakhla e Bahareia. O deserto da Árabia (ou deserto oriental) estende-se até ao Mar Vermelho. Á sul da primeira catarata situava-se a Núbia, cuja cultura e habitantes já eram vistos como estrangeiros. Em diversos momentos, o Egito ultrapassou a primeira catarata e tomou posse de territórios Núbios, onde obtinha diversas matérias-primas.

O território do Antigo Egito não deve ser por isso confundido com o território da moderna República Árabe do Egito, dado que esta se estende para sul da primeira catarata do Nilo até ao paralelo 22ºN e inclui partes do deserto da Líbia e do deserto da Arábia, bem como a península do Sinai.
Esta civilização desenvolveu-se graças à existência do rio Nilo, sem o qual o Egito não seria diferente dos desertos que o cercam. Neste sentido, é bem conhecida a frase do historiador grego Heródoto (que visitou o Egito em meados do século V a.C.), segundo a qual o Egito era um dom do Nilo, retomando o historiador uma afirmação anterior de Hecateu de Mileto.
O rio Nilo era a fonte de vida do povo egípcio, que vivia basicamente da agricultura.
No período das cheias, as fortes chuvas sazonais (junho a setembro), faziam o Rio Nilo transbordar, encobrindo grandes extensões de terras que o margeavam, assim, todos os anos era necessário o trabalho do homem para medir, calcular, e isso ocasionou o desenvolvimento da geometria e da matemática. Mas também, este fenômeno fertilizava o solo ao depositar matéria orgânica (fertilizante de primeira qualidade) neste.

Após as cheias, as margens do rio ficavam cobertas por húmus - adubo natural, que dava ao solo a fertilidade necessária para o plantio. No tempo da estiagem, num trabalho de união de forças e de conjunto, os egípcios aproveitaram as águas do rio para levar a irrigação até terras mais distantes ou construir diques para controlar as cheias, protegendo o vale contra essas catástrofes terríveis. Neste período, os camponeses eram encaminhados para as cidades, onde realizavam outros trabalhos que não a agricultura.
Além de fertilização do solo, o rio trazia grande quantidade de peixes e dava chances a milhares de barcos que navegavam sobre as águas fluviais.


Templo de Abu Simbel

Os Egípcios dependiam, portanto, deste rio e das inundações para a sua sobrevivência. Apesar da dependência do Nilo, o Antigo Egito não deve ser considerado apenas um dom de condições geográficas especiais, como afirmou Heródoto, que talvez quisesse, com esta afirmação, explicar por que o Egito já era uma grande civilização enquanto os gregos ainda viviam em aldeias isoladas. O ponto fundamental é que o Antigo Egito também só existiu graças ao seu sistema de governo centralizado, que organizava a enorme mão-de-obra constituída pela massa de camponeses, e ao engenho de seus construtores, que, desde épocas remotas, edificaram barragens e canais de irrigação para tirar o máximo proveito das águas do Nilo.

Economia

A economia do Antigo Egito assentava na agricultura. Em teoria todas as terras pertenciam ao rei, mas a propriedade privada foi uma realidade. Os documentos revelam que a partir da IV dinastia afirmou-se uma tendência para a privatização do solo, resultado de doações de terras por parte do rei aos funcionários ou da aquisição desta por parte dos mesmos. Por altura da V dinastia os templos possuíam também grandes propriedades.


Detalhe de pintura mural no túmulo do funcionário Sennedjem (XIX dinastia), c. 1200 a.C. que mostra um camponês arando a terra.


Os agricultores lavravam a terra com um arado puxado por bois, abriam canais e levantavam diques. A época das colheitas ocorria em Abril, altura em que as espigas eram levadas para a eira, onde as patas dos bois as debulhavam. Uma vez separados os grãos da palha, estes eram colocados em sacas que eram enviadas para os celeiros reais. Estes celeiros armazenavam as colheitas que eram distribuídas pelos funcionários e pela população em geral.


Camponeses preparando a terra para o plantio.



A população que não trabalhava nos campos dedicava-se a várias tarefas como a produção de pão e mel, a fabricação de cerveja, a olaria e a tecelagem. A pesca era praticada ao anzol ou com rede.


Camponeses na colheita do trigo.


O subsolo do Antigo Egito era rico em materiais de construção, bem como em pedras preciosas. Entre os primeiros destacavam-se os granitos cor de rosa das pedreiras do Assuão, o alabastro das proximidades de Amarna, o pórfiro e os basaltos. As pedras preciosas eram extraídas do Sinai (turquesa e malaquite) e dos desertos do leste e do oeste (quartzo, feldspato verde, ametista e ágata). Desde a época do Império Antigo que o Egito tinha contatos comerciais com a região sírio-palestina (Biblos), de onde vinha a madeira, escassa e necessária no Egito para fabricar o mobiliário e caixões. Da Núbia o Egito exportava o ébano, as plumas de avestruz, as peles de leopardo, incenso, marfim e, sobretudo, o ouro. Todo o comércio estava baseado na permuta de bens, já que a moeda só surgiu muito mais tarde, na Lídia do século VIII ou VII a.C.


Pintura mural do túmulo do Vizir Rekhmiré, c. 1500-1450 a.C.


Escrita Egípcia
















Caracteres egípcios



A escrita egípcia também foi algo importante para este povo, pois permitiu a divulgação de idéias, comunicação e controle de impostos. Existiam duas formas de escrita: a demótica (mais simplificada) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos). As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida do faraó, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel chamado papiro, que era produzido a partir de uma planta de mesmo nome, também era utilizado para registrar os textos.


Pedra de Roseta, descoberta em 1799 por soldados de Napoleão. Ela serviu de chave para a tradução de hieróglifos para Jean-François Champollion.
Possui inscrições em hieróglifos, demótico egípcio e grego.


Caracteres Egípcios





















ASPECTOS RELIGIOSOS



Deus Anúbis, deus da morte e que presidia as mumificações.











Eram politeístas, ou seja, cultuavam vários deuses. Entre eles se destacam Rá, o deus sol; Anúbis, o deus dos mortos; Ísis, deusa da fertilidade; Osíris, deus da vegetação e juiz do Tribunal de Osíris e Hórus, filho de Ísis e Osíris.
As divindades são representadas com formas humanas (politeísmo antropomórfico), com corpo de animal ou só com a cabeça de um bicho (politeísmo antropozoomórfico).
Crença na vida após a morte (Tribunal de Osíris), daí a necessidade de preservar o cadáver, desenvolvimento de técnicas de mumificação, aprimoramento de conhecimentos médico-anatômicos.


Em um dos pratos da balança está o
coração do morto, e no outro, uma pena.
A verdade era o contrapeso.
Aquele que possuísse um coração
Mais pesado que a pena, seria devorado por Amut, um monstro com cabeça de crocodilo e patas de leão e hipopótamo.




Mâat-Deusa da Justiça e da Verdade
No antigo Egito, zelava também pela Ordem Mundial, que impede o retorno do mundo ao caos primitivo. É representada por uma mulher que traz, na fronte, uma pena de avestruz, com a qual pesava o coração dos mortos, com suas boas e más intenções no Julgamento Final.



Pirâmides


Pirâmides de Gizé

Devido à sua religião politeísta e à crença na vida após a morte a sociedade egípcia considerava de grande importância à conservação do corpo e dos pertences dos mortos. Porém eram poucos os que tinham condições econômicas para serem mumificados, a este seleto grupo pertenciam apenas os faraós e alguns sacerdotes. A pirâmide tinha a função abrigar e proteger o corpo do faraó mumificado e seus pertences (jóias, objetos pessoais e outros bens materiais) dos saqueadores de túmulos. Logo, estas construções tinham de ser bem resistentes, protegidas e de difícil acesso. Os engenheiros, que eram sacrificados após a conclusão da pirâmide para não revelarem os segredos internos, planejavam armadilhas e acessos falsos dentro das construções. Tudo era pensado para que o corpo mumificado do faraó e seus pertences não fossem acessados.



Pirâmide de Djoser


As pirâmides foram construídas numa época em que os faraós exerciam máximo poder político, social e econômico no Egito Antigo. Quanto maior a pirâmide, maior seu poder e glória. Por isso, os faraós se preocupavam com a grandeza destas construções. Com mão-de-obra escrava, elas eram construídas com blocos de pedras que chegavam a pesar até duas toneladas. Para serem finalizadas, demoravam, muitas vezes, mais de 20 anos. Desta forma, ainda em vida, o faraó começava a planejar e executar a construção da pirâmide.



Pirâmide de Quéops, a maior das três pirâmides construídas em Gizé.


A matemática foi muito empregada na construção das pirâmides. Conhecedores desta ciência, os arquitetos planejavam as construções de forma a obter o máximo de perfeição possível. As pedras eram cortadas e encaixadas de forma perfeita. Seus quatro lados eram desenhados e construídos de forma simétrica, fatores que explicam a preservação delas até os dias atuais.
Ao encontrarem as pirâmides, muitas delas intactas, os arqueólogos se depararam com muitas informações do Egito Antigo. Elas possuem inscrições hieroglíficas, contando a vida do faraó ou trazendo orações para que os deuses soubessem dos feitos realizados pelo governante.

Mastabas
O nome mastaba foi dado a estes sepulcros em tempos modernos. A palavra é de origem árabe e significa banco. Isso porque, quando rodeadas por dunas de areia quase até a sua altura total, fazem lembrar os bancos baixos construídos na parte externa das casas egípcias atuais e nos quais os moradores sentam-se e tomam café com os amigos.



Interior de uma mastaba


Tais monumentos eram orientados, ou seja, as suas quatro faces estavam voltadas, respectivamente, para o norte, leste, sul e oeste. A partir da cobertura da mastaba um poço em ângulo reto (1) permitia descer através da construção até o subsolo rochoso. Aí era escavada a câmara funerária (2), na qual se acomodava o sarcófago (3), que a ela descia por meio do poço. Este, após o funeral, era obstruído com pedras para preservar a integridade do sepulcro e sua entrada era disfarçada para que se confundisse com o resto do teto.

Na face oriental da mastaba abria-se um primeiro compartimento, a capela (4) do culto dirigido ao defunto; exatamente acima do sarcófago, o seu mobiliário comportava, antes de tudo, a mesa para as oferendas (5), colocada ao pé de uma estela, outro cômodo penetrava na mastaba: era o "corredor" (sernab em árabe) (6), onde eram colocadas as estátuas do morto (7). A estela marcava, então, o limite de dois mundos, o dos vivos e o dos motos; não se comunicavam entre si, salvo por uma estreita fenda da altura de um homem. A estela era esculpida, de maneira que desse a impressão de uma porta – donde seu nome de estela falsa-porta – e, por vezes, na sua moldura, destacava-se uma estátua: era o morto, que voltava para o meio dos vivos. Ou, então, havia uma trapeira, que se abria por cima das folhas da porta e por onde despontava um busto: por ela estava o morto espiando o visitante.


Linha do Tempo do Egito Antigo

• Período Pré-Dinástico - Antes de 3200 a.C.
• Antigo Império – 3200 a.C. á 2800 a.C. (III á VI dinastias).
• Primeiro Período Intermédio – 2800 a.C. á 2000 a.C. (período de crises).
• Médio Império – 2000 a.C. á 1650 a.C. (XI a XIII dinastias).
• Segundo Período Intermédio – 1650 a.C. á 1580 a.C. (invasão dos Hicsos; XIV á XVII dinastias).
• Novo Império – 1580 a.C. (XVIII á XXI dinastias).
• Período Líbio - 1085 a.C. á 713 a.C. (XXII á XXV dinastias; período de crises).
• Período Tardio – XXVI á XXX dinastias (invasão dos Persas entre 525 a.C. e 322 a.C.).
• Período Ptolemaico – 322 a.C. á 30 a.C.
• Ocupação Romana – 31 a.C. á 407 d.C.

APRESENTAÇÃO

Este é o Blog do Grupo de Estudos Históricos, organizado pela Profª Mara Cristina da ETEC Dr. Emílio Hernandez Aguilar de Franco da Rocha.
O grupo surgiu no início de 2008, quando a professora de História precisou repor algumas faltas. Mas depois da reposição ficou um gostinho de quero mais, tanto na professora, como em algumas alunas. Após uma conversa com a direção, foi autorizado o inicio de um projeto uma vez por semana, durante uma hora, onde a professora e os alunos se reuniam para conversar sobre o que os estes haviam lido.
A professora, por sua vez, pesquisou várias referencias bibliográficas de livros para didáticos e até especializados relacionados às bases tecnológicas do plano de trabalho para aquele ano, Antiguidade.
Com as reuniões as pesquisas foram ampliando para povos e regiões além das vistas em sala de aula como celtas, indianos, astecas, entre outros.
A proposta foi que cada participante escolhesse qual livro gostaria de ler e numa reunião apresentar oralmente ao grupo e, à professora, um resumo sobre sua compreensão desta leitura.
O mesmo método se deu com a escolha dos povos da Antiguidade para serem pesquisados. Como a lista era pré-apresentada, quem demorou muito para escolher um povo, acabou sendo “escolhido”, mas todos pesquisaram.
O uso e a busca por imagens têm vários aspectos; a imagem também é um texto, um texto visual cujos códigos: cor, tipo de imagem como desenho, fotografia de um objeto, escultura; transmitem os valores culturais e a tecnologia do período histórico de origem. Por exemplo, os egípcios desenhavam as representações de ser humano – o rosto – sempre de perfil, representando autoridade e um desejo de eternidade.
As esculturas gregas representam um ideal de beleza corporal. Para cada representação utilizaram-se técnicas diferentes.
Sempre nos defrontamos com as questões: O que é História? Quais foram as mudanças? Quais são as diferenças entre nós e eles?
Caminhamos para a interpretação, para a leitura dos vestígios deixados por outros seres humanos, em outros lugares e outras épocas.
A pesquisa apresentada neste Blog não é a pesquisa completa e total sobre esses povos, e nem poderia ser!
A arqueologia sempre poderá nos apresentar novos artefatos e fatos que mudam e/ou ampliam o entendimento que temos sobre um período e/ou povo.
E também é a pesquisa feita por um grupo de alunos em seu primeiro ano do Ensino Médio, daqui alguns anos – se eles quiserem – poderão pesquisar os mesmos povos cada um e observar aspectos que hoje não observamos.
Essa é a grande riqueza da História, olhá-la depende de onde e como estamos.

Por isso, se você quiser, sempre poderá estudar a História!
Aproveite!

Um grande abraço,
Profª Mara Cristina Gonçalves da Silva